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E a primeira temporada de What If…? Hein?

Assisti a primeira temporada de What If…? e olha o que aconteceu!

Demorei demais para escrever sobre a série animada da Marvel Studios, acredito que precisei absorver algo para completar o pensamento. Para concluir algo e poder transpô-lo em um texto, sim, está na hora de falar da primeira temporada de Whats If…?

Apesar de ser uma animação o universo ali é correspondente aos filmes, o MCU anda menos cinemático ultimamente em nome das séries do Disney Plus. E a história de What If…? aparentemente faz parte do MCU e poderá afetar outras séries e, quem sabe, outros filmes.

Digo tudo isso para apontar a importância da série na cronologia deste universo. O tempo está definitivamente quebrado como vimos em Loki, e What If…? mostra as consequências que tal catástrofe pode gerar.

Cada episódio é centrado em uma história diferente, uma versão do que vimos no cinema. Porém, os fãs de quadrinhos já estão acostumados com esse tipo de história há muito tempo. Normalmente nos gibis as histórias não são tão conectadas como vemos no Marvel Studios e lá também poderia ter influenciado mais a série na minha opinião. O What If…? nos quadrinhos possui um material muito fértil e que pode ser facilmente utilizado neste modelo. Tanto que já dei meu pitaco de personagens – ou suas versões – que poderiam estar na série.

A animação é bem feita, não é uma qualidade primorosa, mas é bonita e trabalha bem seus elementos. Porém mostra-se fútil e feito às pressas, afinal são muitas histórias para se contar em curto espaço de tempo e, infelizmente, acaba soterrando algumas tramas que poderia ser melhor trabalhadas.

Felizmente a Capitã Carter é uma das melhores personagens mesmo, a propaganda a sua volta não foi feita por acaso. Mas infelizmente – ou felizmente – dura apenas 35 minutos. O outro episódio que chamou minha atenção foi o sétimo, mostrando Thor como um filho único mimado e festeiro. E apenas gostei pelo absurdo, tudo pelo poder da bobajada do Viva Las Vegas.

O vilão, ao final, não me convenceu. Muito poder e muito pouca inteligência, a impressão é que alguém da produção teve uma ideia muito boa de personagem mas não pensou na história. A personagem que mais gostei é uma versão da Viúva Negra sobrevivente do mundo dominado por Ultron, mas não foi aprofundada a sua história. Os zumbis, meu deus, como eu queria que fossem zumbis de verdade mesmo… Apenas o visual salva, mas no final são apenas gente deteriorada.

Ainda há um episódio que, devido a pandemia de COVID19, não pode ser terminado onde Gamora teria matado Thanos (talvez em uma referência aos quadrinhos)… E será aproveitada para a segunda temporada da série. Tudo se conecta graças ao Vigia, mas não é algo tão primoroso como a se imagina.

Trata-se de mais uma série divertida da Marvel Studios no Disney Plus, mas a primeira temporada de What If…?, é apenas isso. Não há profundidade, não há tramas cativantes. Há deslumbre visual e um desenho de vender bonecos. Não há o que procuro hoje em dias nas séries que assisto, algo palpável, algo que se mostre realmente significante. Mesmo na fantasia é algo possível.

Não fiquei tão animado com a conclusão, e com o universo cinematográfico expandindo essa série se mostrou um ruído… Mesmo com diversos universos sendo aniquilados não posso dizer que o Vigia se incomodou muito.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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