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Vale a pena ler Solo Leveling antes do anime?

Sólem irmãos! Será que vale a pena ler Solo Leveling antes de assistir o anime?

Já faz uma semana que a Crunchyroll nos presenteou com o teaser da adaptação para anime, produzido pelo estúdio A-1 Pictures, de Solo Leveling e mal posso aguardar para ver o erga-se em ação (a quinta série que habita em mim saúda a quinta série que habita em você). Mas para quem não conhece a palavra de Sung Jin-woo vale a pena ler antes de sair o anime chegar?

Solo Leveling conta a história em que o mundo humano teria sido invadido por portais interdimensionais contendo monstros que, se não derrotados a tempo, conseguem escapar e atacar as pessoas. Ao mesmo tempo que o fenômeno surgiu, algumas pessoas receberam aleatoriamente diversos dons sobrenaturais que deram poder para combater as criaturas. Eles se tornaram aventureiros cuja profissão era derrotar os portais assim que abrissem para que não desse tempo de ferir outros humanos.

O enredo gira em torno de Sung Jin-woo, conhecido como o aventureiro mais fraco do mundo. Durante uma raid em um portal de baixo nível, ele e seu grupo se deparam com uma porta estranha que esconde uma perigosa armadilha. O resto é o mais puro e cristalino spoiler.

Já contei aqui antes qual é a graça do One Piece, agora vou falar um dos principais motivos dos manhwas sul-coreanos como Solo Leveling serem, atualmente, minhas principais obras em leitura online. Os Webtoons caíram no gosto de muitos leitores no ocidente, muito por sua diversidade de histórias. Mas, creio eu, também por sua dinâmica de leitura convencional da esquerda para da direita (ao contrário dos mangás japoneses que são lidos da direita para a esquerda) e por suas artes digitalizadas e coloridas já feita aos moldes do formato de um celular, perfeito para ler durante o ônibus ou na santidade de seu banheiro (confesso que me pegou muito nessa parte).

Solo Leveling se torna exemplo de uma categoria de histórias que está se tornando muito popular: os isekais, que significa “outro mundo” ou “mundo diferente” (quase um ratanabá). Originalmente, os isekais contavam com um protagonista que vivis no mundo “normal” sendo jogado num mundo de fantasia vê obrigado a se adaptar as novas regras para sobreviver. A temática não é muito novidade quando pensamos que já existe a muito tempo animes como Yu Yu Hakusho e Digimon, mas desde o surgimento de animes como Sword Art Online o gênero ganhou a gamificação como um elemento comum na narrativa.

O diferencial que o autor Chu-Gong trouxe a sua obra está em que o mundo estranho vem ao nosso mundo e somente com o poder absoluto que é possível trazer o verdadeiro equilíbrio. Sem tentar dar muitos spoilers, o autor consegue um equilíbrio narrativo ímpar entre um protagonista que evolui em seu poder para alcançar o topo superando desafios e solando seus inimigos de maneira avassaladora. O progresso narrativo é fluído e te faz querer continuar sua leitura quase que initerruptamente.

Atualmente o Webtoon está em um epílogo em homenagem ao ilustrador Jang Sung-Rak, após um ano de término da obra. O artista faleceu em julho de 2021, aos 40 anos de idade, devido a uma hemorragia cerebral causada por complicações de uma doença crônica não especificada. Sung-Rak conseguia produzir verdadeiras obras de arte com seus cenários épicos de batalhas entre exércitos. Você pode perder minutos explorando detalhes de somente uma única página.

A qualidade das ilustrações do epílogo faz jus ao original, além do desfecho deixar nosso coração aquecido e uma excelente despedida da obra, já que o final foi um tanto “rushado” (pelo menos para mim). Além disso, esses capítulos extras vieram em boa hora para os fãs que mal podem esperar para a animação sair.

Por fim, sem dúvida que a obra vale a pena ser lida, principalmente se você ainda não foi introduzido ao universo das Webtoons. Solo Leveling te fará vibrar simplesmente a cada vez que o personagem principal falar “ERGAM-SE”. Vale a pena ler Solo Leveling antes do anime.

Por Pedro Octávio

Graduado em História na UERJ-FFP. Podcaster, modelo plus-size, pesquisador e hamburgueiro. Como faço isso tudo? É que faço tudo mal feito.

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