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Homem Formiga e Vespa – Quantumania

Homem Formiga e Vespa – Quantumania é um desperdício em todos os tamanhos.

Essa é de longe a crítica mais difícil que já escrevi. Ao sair da sessão de Homem Formiga e Vespa – Quantumania, o quilhonésimo filme da blaulhonésima fase da Marvel, eu basicamente esqueci do filme. Simplesmente não lembrei de nada. Não havia nada que me marcasse, nenhuma cena ou ato que sequer me viesse à mente de forma negativa ou positiva.

Depois de alguns dias forçando minha memória, eu me sento para escrever sobre um dos piores filmes do MCU. Com certeza o terceiro filme de Peyton Reed na direção (depois de um ótimo Homem Formiga 1 e um OK Homem Formiga 2) está nos TOP 5 de maiores desperdícios de recursos, tempo, dinheiro, texto e atores da que, até o momento, é a maior empresa de produção cinematográfica nerd do planeta. Sério, é tão ruim quanto Thor 1, Thor 4 ou Homem de Ferro 3

O filme começa todo desconcertado com textos horrorosos para os personagens que parecem ter gravado as contracenas cada um em sua casa e que tudo isso foi grudado na edição. Todos os protagonistas do filme estão em suas piores interpretações. A única que tenta algo ali é Michelle Pfeiffer no papel da Vespa anterior e, ainda que muito sofridamente por conta do texto ruim, Jonathan Majors como Kang. Majors, eu insisto, é de longe o maior caso de má direção visto que o ator é excepcional e deverá suar bastante para convencer o público de que ele é uma ameaça maior que Thanos se os roteiristas não colaborarem.

O filme faz de tudo para evitar o confronto direto entre Kang e Scott Lang, visto que o Homem Formiga, mesmo com poderes fascinantes, não é páreo para um dos maiores vilões dos quadrinhos. Temos alguns bons momentos como as cenas de ação do arco final e usos interessantes dos poderes do formigão mas mesmo assim o filme peca no quesito interesse; é como se todo mundo ali estivesse desinteressado nessa história, da direção e produção até a plateia onde não houve nenhum grande momento de espanto nem com os pobres fan services.

O filme peca até no tom que escolhe, hora é sobre Scott Lang e a relação com a filha, hora é um filme de origem de Kang, hora é uma tentativa estranha de emular o universo de Star Wars até chegar no ponto de que na verdade foi tudo uma peça de propaganda ou spin off caro para alavancar a segunda temporada da série de Loki.

Me sinto triste em pensar em personagens tão interessantes, com atores tão excepcionais e lembrar que fizeram um trabalho medíocre para eles em Homem Formiga e Vespa – Quantumania.

Marvel, melhore.

Eu e Rodrigo Castro conversamos sobre o filme no Farofando Ao Vivo. Dá uma olhada.

Por José Fernando

Comentarista político(?) no @CoisaBoaPodcast e farofeiro no @FarofeirosCast.

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