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Dave the Diver

Jogo de pesca submarina bom? Dave the Diver!

Dave the Diver chegou em um momento importante para mim. Estava preso em jogos free to play por falta de algo interessante (e por falta de dinheiro). Pagar R$ 200 em Baldur’s Gate 3 ou R$ 300 em Starfield me soa de uma irresponsabilidade tremenda… Tanto com meu bolso como com meu tempo, afinal são games que prometem ser gigantescos.

Em uma promoção na Steam paguei um valor próximo de R$ 40 e confesso que estou deslumbrado com tudo do jogo (inclusive com seu preço).

O visual pixelado me atraiu logo de cara, amo o estilo, além disso o humor também foi um fator importante. Mas quando comecei a jogar pude ver que o game é muito maior que seus pixels e suas piadinhas. A NEXON (ou Mintrocket) acertou o tom em tudo e me fez lembrar de um dos meus jogos favoritos de todos os tempos: Full Throttle. Acalme-se, este não é um point and click.

Os personagens são extremamente engraçados e carismáticos, o protagonista, Dave o Mergulhador, é o ser humano em pixels mais adorável do mundo! Ele sempre está disposto a ajudar todo mundo e sempre entrando em aventuras que parecem de outro mundo… Como mergulhar em um lago misterioso no meio de uma tempestade e entrar em vortex para enfrentar uma lagosta gigante.

Escrevo esta análise mesmo sem terminar o jogo, acredito estar próximo da metade e todas a mecânicas foram divertidas até o momento. Até a parte mais difícil, a de caçar peixes de nível mais alto que o meu, é desafiador no ponto certo. Tudo sempre acaba ao final do dia levando os peixes para serem servidos frescos no Bancho Sushi.

Há uma rotina: você pesca, planta, controla os tanques de peixes, contrata e demite funcionários e, ao final do dia, você corre de um lado para o outro para atender pedidos no sushi bar. Mas não é tudo simples assim. Você encontra peixes raros, vende fotos para revista de mergulho, prepara pratos icônicos para personalidades, salva uma civilização submarina, desmantela a operação de mega corporações e ainda enfrenta chefões gigantescos.

E sabe qual é a melhor parte? Tem muito mais! Até temos que pegar todos os peixes.

Suas diversas mecânicas tem um avanço que respeitam o tempo do jogador. Não há microtransações: todos os avanços, por mais que lembrem jogos para celular com monetização agressiva, só utilizam dinheiro do próprio jogo, que você só consegue jogando (sic). É possível fazer muito jogando várias horas por dia, mas você também consegue avançar se puder jogar apenas 30 minutos.

Em uma indústria que presa por jogos serem vendidos como serviço com preços absurdos cheios de microtransações é bom ter Dave The Diver.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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