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Andor é bom mesmo?

Andor, uma ousada empreitada da Disney no universo de Star Wars é bom mesmo.

Demorei para começar a assistir Andor. A crítica profissional sempre elogiando demais me deixava com a pulga atrás da orelha – normalmente quando elogiam demais é por ser algo maçante que não alimenta o ego de suas opiniões.

Mas não, a série derivada de Star Wars: Rogue One é um excelente lembrete do que o aquele universo tem a oferecer. E olhe bem, quem está falando isso é alguém que não gostou do filme.

Este review não tem spoilers pois são tantas reviravoltas e fases que qualquer informação poderá estragar algo da trama para quem realmente está interessado.

Tá certo que curti bastante Obi-Wan, mas não podemos comparar a profundidade das duas séries. Uma é quase um conto de fadas com guerreiros mágicos e princesas, outro é pé no chão. Podemos dizer que a série mostra a periferia de Star Wars de uma maneira bem interessante.

São pessoas comuns ali, a maioria tenta sobreviver como pode e se vê em um regime extremamente opressor. Cada um reage como pode, alguns simplesmente seguem as novas regras enquanto outros se erguem para tentar fazer alguma diferença – mesmo que isto lhes custe a vida.

A série é uma história sobre uma revolução, sem magia, com uma desigualdade social avassaladora – que literalmente cruza galáxias – e aqueles que lutam conta o sistema.

Mas há aqueles que simplesmente não querem lutar, estão preocupados demais com a própria vida para fazer a diferença. Mas a jornada do herói bate insistentemente em sua porta. Com força e diversas vezes.

Política espacial

A luta de classes em uma galáxia muito, muito distante é real e está em todos os lugares de Andor. Mas, obviamente, não será todo mundo que verá a série assim. As pessoas mal conseguem ver a diferença entre as classes no mundo real – às vezes na sua frente – imagine em uma série de alienígenas e tiros de raio laser?

Essa luta contra o Império – ou o imperialismo – é algo extremamente real que me arremete à filmes espaciais sobre bloqueios econômicos. Assim, finalmente, parece que alguém na Disney entendeu que Star Wars não é sobre mágicos espaciais, mas sim sobre política.

Apesar disso é mais uma história do revoltado que se torna o revoltoso – estou olhando para você Han Solo.

Os fãs parecem não querer entender boa parte da história, talvez por preguiça. Mas o que importa realmente é que um espírito perdido foi encontrado por uma multinacional interessada em vender histórias.

Vida longa aos Rebeldes (vou assistir Rogue One de novo por que eu não gostei da primeira vez que vi não).

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