Categorias
Colunas

Casas esquecidas

Casas esquecidas e as coisas que deixam lá dentro.

Farofeiros, farofeires e farofeiras, não tenho problema efetivo com casas esquecidas e abandonadas, tenho problema com as coisas que deixam lá dentro. A poeira com certeza é um problema, mas as vezes não é só o pó que pode incomodar nesses lugares.

Memórias são com certeza as coisas mais assustadoras que podemos deixar para trás. As vezes até conseguimos deixar traumas lá, atrás de um armário ou até dentro de uma parede. O problema é se essa memória sai de lá, amargurada por estar tanto tempo presa e com sede de sangue – o seu sangue.

É comum esquecermos – ou desejar o esquecimento – de algo que nos machucou. Mas não impede que algo perdido no tempo simplesmente ache o caminho da sua casa e volte para te assombrar.

Nem sempre lembrar é viver, na maioria das vezes lembrar é sofrer com uma faca quente enfiada no peito. Esta faca, feita de éter, é invisível e intangível: não se pode apenas arrancar do peito. O que mais assusta é que algo etéreo dessa forma te machuca, te faz sofrer e sangrar.

A quantidade de sangue assusta, seu fôlego vai se esvaindo, mas a dor não diminui. Ela vai continuar ali no seu peito, te lembrando o que era para ter esquecido, fazendo você se arrepender de ter esquecido algo por tanto tempo.

Será que se resolveria com um confronto anos atrás? Será que isso faria doer menos? Você nunca saberá essas respostas e em seu último suspiro, quando já não há mais sangue para ser bombeado em seu coração, restará somente a dor e aquela memória. Nem uma mão, nem um abraço, nada irá trazer esse alívio. Nem a Carazi.

Isso aqui não é uma propaganda, na verdade nem falei com a Véia dos Causos que faria isso… A questão é que conheço a véia desgraçada e sei de todo o carinho e cuidado que esse projeto. Sou cagão demais com coisas de terror, mas os contos que a Véia publica eu acompanho.

Então, se possível, considere apoiar o livro Casas Esquecidas da Véia dos Causos em catarse.me/casas_esquecidas.

Pensamento do Dia

Sou um doentinho vagabundo mas tô sempre por aqui – às vezes.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.