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O Renascimento do novo Superman: TENTAMOS explicar

O renascimento do novo Superman

Estive esses dias conversando com o Rockerz no Whatsapp sobre o assunto preferido dele: renascimento do novo Superman! E ele, no melhor estilo Lois Lane do Planeta Bizarro, replicou nosso bate-papo louco em seu site. Para-o-meu-total-desespero quando acessei o Farofeiros, vi um texto caótico, mais misturado que tacinha de criança em sorveteria self-service. Então, combinei em fazermos essa postagem substitutiva, antes que uma Crise no nosso universo tivesse início.

O mantra pessoal do Rockerz nos últimos meses tem sido “Eu não estou entendendo nada do Superman”. E isso é algo bem compreensível, pois do jeito que as coisas andam, qualquer um diria que nem os editores da DC andam entendendo o que se passa. Para ajudar a clarear o pensamento e entender de onde viemos, onde estamos agora e para onde vamos, precisamos retornar a 2011, com os eventos de Ponto de Ignição e do inesperado Novos 52. É preciso destacar que desde que o Universo DC sofreu (mais) um reboot chocante, tem existido essa guerra de nervos em torno da DC Comics. Ora fãs contra editores, ora fãs contra fãs, uns amando as mudanças, outros torcendo o nariz com veemência. Eu encontro-me no segundo grupo.

Como começou o renascimento do novo Superman

O Renascimento do novo Superman - TENTAMOS explicar - Blog Farofeiros
Clark, Lois e Jon.

O Novos 52 foi um divisor de águas para mim. Praticamente parei de comprar as revistas de linha e passei a me dedicar a materiais antigos e alternativos da DC… e até a flertar com a Marvel mais intimamente. A grande verdade, por mais que o Novos 52 tenha seus defensores ferrenhos, é que o todo poderoso editor Dan Didio conseguiu desandar um universo que antes era charmoso e querido, transformando-o num local estranho, onde personagens usavam gola rolé e títulos eram cancelados com poucos meses de lançamento.

Aliás, essa questão das escolhas de design do Novos 52 é algo um tanto desagradável, em minha opinião. Essas golas rolê que de tão ridículas tornaram-se piada, foram uma contribuição artística do Lendário Artista Jim Lee (acho que o contrato dele com a DC exige esse título cada vez que alguém cite seu nome, pois jamais entendi o que ele tem de lendário). E foi nesse cenário que surgiu o novo Superman: de golinha rolé, usando armadura, nem tão poderoso e sem a Lois – mas com a Diana. E… Bem, assim como quase tudo do New 52, a mediocridade venceu a criatividade e todo carnaval teve seu fim. Não foi diferente para esse personagem, que não caiu no gosto da maioria dos fãs.

Da esquerda para a direita, os arautos do Novos 52: Dan Didio, o Lendário Artista Jim Lee, Geoff Johns e Grant Morrison… tudo culpa deles!

No meio de uma inegável crise editorial, com direito a um Grant Morrison mais surtado do que nunca lançando trabalhos magníficos – minha opinião pessoal e imutável – e tentando moldar o Universo DC à sua imagem e semelhança, a DC resolveu fazer uma das duas coisas que faz melhor do que qualquer outra: reboot! (A outra coisa se chama Crise). Mas dessa vez de uma forma diferente, pois, segundo eles, não era um reboot, mas um Renascimento. E nada melhor do que uma mega saga envolvendo todos os super-seres da DC lutando contra um supervilão cósmico! Sendo que dessa vez, segundo eles, não era uma Crise, mas uma Convergência.

Então, veio a Convergência e sua consequência direta, o Renascimento (incluindo o renascimento do novo Superman), com promessas de retorno de personagens que haviam sido estupidamente tirados dos leitores, como Wally West (o ruivo) e tantas outras coisas! Mais uma vez quero chamar a atenção para o que o Dan Didio repetiu à exaustão: Renascimento não era um reboot, o leitor poderia acompanhar suas revistas preferidas de forma independente, sem precisar se preocupar com a cronologia, pois a nova DC não é sobre cronologia, é blablablá.

BESTEIRA! Ou isso foi um marketing muito cara de pau para se vender com essa proposta inovadora ou o querido editor simplesmente agiu de má fé. De um ponto de vista realista, nem quadrinhos como a Turma da Mônica consegue se desvencilhar de uma boa cronologia. Não tem como negar. Isso é um dos alicerces que fazem as HQs serem o que são. E, como todos sabem, os nerds se alimentam e retiram suas energias de cronologia. Cronologia de HQ tem potencial para começar a 3ª Guerra Mundial. Fato!

E a DC não está conseguindo sustentar essa nova ideia de deixar a cronologia em segundo plano com muito sucesso. Mês após mês, edição após edição o bicho da cronologia tem tomado controle mais e mais do universo Renascimento DC. E seguindo a tendência, tem ficado difícil ler as revistas com a prometida independência umas das outras, e por mais que essa relação entre as publicações esteja sendo forçada pelos editores, na cabecinha do leitor dedicado beira ao impossível não querer estabelecer ligações ou ignorá-las. Surge assim um novo Superman.

Essa introdução tão longa foi necessária para refrescar um pouco a cabeça, pois realmente envolve muitas ideias, mudanças e tantas informações confusas que tem deixado muitos leitores perdidos, principalmente aqueles que se afastaram da edições do Novos 52 e que estão voltando agora para o bonde do Renascimento. E aliás, é uma boa hora para voltar, pois o Universo Renascimento DC está permitindo que tenhamos contatos com algumas publicações maravilhosas e… outras nem tanto, porém superiores ao malfadado Universo Novos 52.

O novo Superman

Dois supermen incomodam muita gente.

Então, para (tentar) entender o que aconteceu com o novo Superman, vamos nos concentrar em algumas publicações que estou acompanhando e que merecem uma atenção especial, devido às suas ligações e dependências cronológicas, e que não vão escapar aos olhos e cabecinhas dos leitores mais apaixonados, por mais que o Dan Didio insista que essas coisas não mais importam.

Mas vamos ao Superman, com SPOILERS e críticas. Recapitulando os últimos acontecimentos: Em Convergência vimos o reaparecimento do Clark Kent e da Lois do universo pré-Ponto de Ignição, e agora acompanhados de seu rebento. Ao final desses acontecimentos, foi oferecido a eles uma passagem de ida para um novo mundo onde poderiam viver felizes, uma vez que sua Terra (Terra-01 pré-Ponto de Ignição) não mais existia.

Para mim, foi uma boa referência ao final de Crise nas Infinitas Terras, onde Alexander Luthor convida o Superman da Terra-2, Lois Lane e o Superboy da Terra Primordial para viverem felizes numa dimensão de paz, já que seus mundos também haviam deixado de existir. O único problema é que o mundo que Clark e Lois pré-Ponto de Ignição escolheram foi exatamente o Universo do Novos 52, que já possuía seus próprios Clark Kent e Lois Lane.

Superman, Lois e Superboy desaparecendo na Crise nas Infinitas Terras e a história se repetindo em Convergência.

Nesse novo mundo, Clark e Lois passaram anos escondidos, tendo suas próprias aventuras e criando seu filho, Jonathan Kent, que em breve começaria a apresentar poderes kryptonianos e se tornando o novo Superboy. Em seguida vimos o Superman do Universo Novos 52 morrer, com direito a explosões de energias que atingiram a Lois Lane e Lana Lana daquele universo, transformando-as em duas novas meta-humanas, cada uma Superwoman: a Lois Lane a Superwoman azul e a Lana uma Superwoman vermelha. Embora nunca tenham adotado esses adjetivos oficialmente, fica claro lendo a revista da Superwoman a inegável referência ao Superman Vermelho e Superman Azul.

Novo Superman Azul e Vermelho, faltaram os elétricos

Ao ler a revista Superwoman e ver a Lois Lane morrer nos primeiros números, tive de começar a me perguntar se o grande plano da DC consistia em substituir descaradamente os Clark e a Lois Lane Novos 52 por seus amados contrapartes do Universo Pré-Ponto de Ignição. Não demorou muito e tudo começou a apontar para essa direção. Mas claro, que a DC além de complicar tudo, também faz questão de prometer bolo e entregar torta. Para mim, a ideia da independência entre publicações já nasceu sem cumprir o prometido, pois… para ter uma compreensão macro de tudo que estava se passando, o leitor precisaria acompanhar Superman, Action Comics, Superwoman e ainda se preocupar com Watchmen? Por trás de tudo isso, a cronologia gritando e respondendo que sim!

Essas revistas da fase Renascimento em seus primeiros meses apresentaram ótimas histórias. Parece que a morte do Superman Novos 52 abriu as portas da criatividade na DC. O argumentista Dan Jurgens nos ofereceu uma história simpática, onde todos se apaixonaram pelo ótimo Jonathan Kent e reviveram os bons tempos de Lois e Clark pré-Ponto de Ignição. Rapidamente, foi oferecido um mistério instigante com o aparecimento de um terceiro Clark Kent, desprovido superpoderes e… humano! Mas como dizem por aí, e a nossa amiga cronologia não nos deixa mentir, o Dan Jurgens é bom em começar coisas, mas em algum momento antes do final, ele não sabe como terminá-las. Eu acredito que a qualidade da trama nos momentos antes da conclusão. Peter J. Tomasi, responsável pela revista Superman, conseguiu trazer uma contribuição muito chatinha e cansativa para a trama.

Superman #19: Uma coisa chatinha e cansativa. A imagem diz tudo.

Em resumo, mostraram que o Clark Kent humano era na verdade o Mr. Mxyzptlk do universo Novos 52, fugitivo de uma prisão imposta por um suposto vilão – supostamente também – saído de Watchmen, que agora – supostamente – fazem parte da… er… cronologia… do Universo DC. Em seu desespero para fugir de uma implacável perseguição, o duende da 5ª dimensão assumiu a forma de Clark Kent, de uma forma tão real que até ele mesmo esqueceu quem era.

Ao recuperar suas memórias, a coisa ficou então tão complexa que nem mesmo ele, Mr. Mxyzptlk, entendeu direito quem era o Superman atual. Para resumirmos, o duende sequestrou Jonathan Kent, levou Clark e Lois para outra dimensão, fez a maior bagunça com a mente de todo mundo, foi embora sem sequer dar tchau e para finalizarmos isso tudo, tivemos um reboot. Sim, um reboot. Por mais que a DC mais uma vez negue e tenha organizado as coisas para não ser um reboot, é um reboot! O que mais seria? O renascimento do novo Superman?

Temos todos os elementos para um reboot no melhor estilo DC: é confuso, mudou tudo, criou mais problemas, ninguém entendeu e deixou meio mundo de fãs irritados. Logo, é um reboot. Há evidências demais para negá-lo com este renascimento do novo Superman.

Os fatos de Superman Renascido

Então, vamos aos principais fatos da saga Superman Reborn: Em Superman #18-19 e Action Comics #976 descobrimos que em algum momento não especificado e por obra de alguém, Clark e a Lois foram divididos, duas versões, e podemos nos referir a elas como vermelha e azul. A versão vermelha originou o Superman que conhecemos e vimos morrer no Novos 52, bem como a Lois Lane que se tornou uma Superwoman. A versão azul originou a Lois e Clark pre-Ponto de Ignição em plena Convergência. Até o momento não foi dada nenhuma explicação sobre o porquê destas versões terem surgido em Convergência e com memórias referidas ao pré-Ponto de Ignição.

Durante o quiproquó com o Mr. Mxyzptlk, o Jonathan Kent consegue canalizar as energias vermelhas de Lois e Clark desincorporados e fazer esses personagens do Novos 52 retornarem. E achando pouco, o menino também canaliza as energias azuis de seus pais, de forma que as duas versões se fundem, gerando… um novo Superman e uma nova Lois, que podemos chamar de versões Reborn (reboot não pode, pois a DC não quer). Assim como “rebirth”, “reborn” é um belo eufemismo para reboot. Vou insistir nisso.

Em Action Comics #977 conhecemos esse novo Superman, com memórias confusas de um novo passado que mescla características do Novos 52 com o pré-Ponto de Ignição.  Se para nós é confuso, imagine para ele, que precisa recorrer aos cristais de sua Fortaleza da Solidão para conhecer seu próprio passado. Quem é esse Superman? Certamente não é o Superman pré-Ponto de Ignição, pois o  personagem não tem mais nenhuma lembrança de ter vindo de outra dimensão, de ter participado da Convergência, e esqueceu todo um passado ao qual ele fez tantas reverências e não poupou por compará-lo ao Universo Novos 52 onde se encontrava preso. Por outro lado, ele também não se lembra de ter morrido ou de seu romance com a Mulher Maravilha, o que nos prova que ele também não é o Superman Novos 52.

Essa edição oferece ao leitor uma nova origem para o Superman, e parece fazer um mix que envolve características de outras versões e origens apresentadas em outras iterações do personagem. O artista desta edição, Ian Churchill, apresenta uma bom trabalho, agradável aos olhos e dedicado aos detalhes, porém algumas decisões terminam quebrando o prazer da leitura e imersão na edição. As coisas precisam ter alguma coesão, ou adota-se um tom sério para a obra ou abraça-se a comicidade.

Não partilho da opinião de relaxar porque “it just comics!” no renascimento do novo Superman. Ora bolas… em nossa primitiva sociedade da vida real, a chupeta já é um objeto suspeito e com os dias contados, desaconselhado por dentistas e psicólogos mais dedicados. Causou-me surpresa e um grande incômodo ver um bebê Kal-el em pleno Krypton usando uma chupeta e não tirá-la da boca por vários quadros seguintes… e o pior, viajar 50 anos-luz no hiperespaço com o raio da chupeta na boca.

Por que isso? É alguma mensagem? Algum gancho para uma saga futura? Que fim levou essa chupeta? Essa e outras perguntas ficam no ar, uma vez que o argumentista Dan Jurgens faz-se de doido e praticamente já abre um novo arco envolvendo o General Zod.

Chupetas: Pior do que kryptonita?

Por outras perguntas e pontas soltas, ficamos com questões como: para onde foi o romance com a Mulher Maravilha? Em nenhum momento da nova cronologia do novo Superman de Reborn foi mostrado que eles tiveram um relacionamento. A revista da Mulher Maravilha desde o Renascimento tem mostrado que ela anda às voltas com seus próprios problemas de… cronologia… a palavra proibida. E em sua nova revista não há menção alguma ao novo Superman. Seria então possível que estivesse acontecendo algo muito mais poderoso envolvendo o surgimento desse novo Superman? Ao que tudo indica sim e quem pode nos responder?

O Dr. Manhattan? Não! Lana Lang, a Superwoman pode! Na edição #8 da revista – que exige obrigatoriamente que o leitor esteja acompanhando Superman Reborn se quiser que alguma coisa faça sentido e que quebra mais uma vez a ideia de independência entre as publicações para entender o renascimento do novo Superman.

Descobrimos atônitos que o universo está mudando mais uma vez e que as versões fantasmas de Lois e Clark precisam que Lana Lang devolva a energia vermelha para eles. Como interpretar isso tudo, já que os autores apenas jogam um monte de informações confusas e não ajudam os leitores? Então, vamos a uma interpretação pragmática: Enquanto Lana Lang enfrentava seus próprios problemas, Jonathan Kent lutava ao lado de seus pais em outra dimensão para vencerem o Mr. Mxyzptlk.

Talvez prevendo o desfecho de tudo, essa versões do Super Casal vieram resgatar a energia residual do Superman dos Novos 52 que residia em Lana para poderem se fundir com a energia azul logo em seguida, gerando o novo Superman de Reborn.

Uma interpretação pragmática

Confusão

Segundo o Mr. Mxyzpltk, a ligação entre Lois e Clark é uma coisa tão forte que em todas as existências eles sempre estão juntos. E Lana Lang observa de forma um tanto melancólica que tudo sempre gira em torno deles e que a realidade está prestes a ser modificada. A fusão das energias vermelha e azul não apenas criou um novo Superman, mas também reorganizou todo o Universo DC mais uma vez, mexendo com cronologias e alterando acontecimentos?

Assim, ao que tudo indica, Clark nunca namorou Diana. E a Mulher Maravilha tem uma nova origem, onde tudo é diferente de tudo que foi antes. Possivelmente, Lana será uma Superwoman com uma nova origem a ser mostrada nas próximas edições da revista. E como reverberação pouca é bobagem, como isso afetará os Titãs e o resto do Universo DC? A revista já indicou que o Wally West pré-Ponto de Ignição pode na verdade ser um Wally West Novos 52, ao contrário do que foi mostrado em Renascimento e que emocionou 11 em cada 10 leitores que imaginavam estarem reencontrado o bom e querido Wally West do antigo universo DC.

Como essa conversa pode ter algum sentido depois dos acontecimentos recentes?

Isso tudo foi uma interpretação pessoal do que tenho lido do renascimento do novo Superman. E devido à confusa história sendo contada, pode haver erros, claro. Não foi dito explicitamente pela editora que houve um reboot no UDC, até mesmo porque algo assim sempre envolve grandes estardalhaços, mas os fatos levam a esse pensamento, pois o surgimento de um novo Superman com um passado tão diverso dos que conhecíamos está associado a mudanças que mexem com uma gama de acontecimentos e, principalmente, com outros personagens.

Pelo caminho que as coisas tomaram, fica agora outra grande dúvida: o que a DC planeja? Por meses eles insinuaram a presença dos Watchmen mexendo e alterando o Universo DC de forma crítica. Um Mr. Mxyzptlk fugitivo foi capaz de causar um reboot dentro de um reboot e abrir caminho pras coisas se assentarem? Ou não tivemos um reboot algum? A DC pode agora simplesmente deixar o gancho com os Watchmen ser esquecido e se negar em dar maiores explicações a seus leitores, aumentando suas ações na bolsa de ódios, ou trabalhar essa história já um tanto complexa e criar a maior Crise de todos os tempos (de novo).

Vamos aguardar as consequências do renascimento do novo Superman.

Por Chewbaca Jr.

Chewbacca Jr. não nasceu em uma galáxia muito distante chamada Recife, mas ele mora lá.

4 respostas em “O Renascimento do novo Superman: TENTAMOS explicar”

Eu não sei mais oq pensar, estragaram o Superman Pré-Flashpoint mesmo? Como isso vai alterar o UDC? Não foi uma boa estratégia fundir tudo e escapar desse jeito? Estava esperando um roteiro melhor pro Super e sua família e pro Wally e tbm estou mto confuso!

Mas como Clark nunca namorou Diana se na primeira edição e Trindade: Renascimento, Diana diz a Lois que o atual superman não é o homem que ela amou?

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