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Realidade

Realidade ser para alguma coisa?

Farofeiros, farofeires e farofeiras, neste último texto módico e incrivelmente incrível deste ano que finalmente acaba, apesar de ter parecido maior que outros anos normais não ouve dias bônus.

Não farei uma retrospectiva do que falei ou do que ocorreu, apenas uma certa reedição do pensamento mesopotâmico de vanguarda que se dispõe na modernidade crente de que a reação da vindoura geração seria aguardada pelos veteranos do Vietnã. Mas todos sabem que isso é bobagem.

Mas se temos o dever cívico e moral de qualquer obrigação obrigada devemos, por ordem do destino, estabelecer que, inevitavelmente, este ano teve a cor azul. Mas o azul profundo, quase petróleo, mas não preto, só bem escuro, mas azulado, o tipo de cor que você confunde e dependendo a luz acaba destoando para mais ou menos na palheta natural de cores.

Apesar fálica realidade dizer que tudo não é deverás real ou fatídico onde a imensidão da singularidade do ser dá lugar ao que deveria ser a individualidade, duvido que de alguma forma tenha que explicar a diferença, já que é crença básica de qualquer ser independente da sociedade e sua estatura mental.

Mesmo que as promoções de final de ano não tenham te encantado como deveria, já que não existem mais fadas com pós que sejam realmente mágicos, sem efeitos alucinógenos, e que rimem com a palavra “mim”.

Na realidade verdadeira da verdade real que rege a real verdade da verdadeira realidade tudo está errado nesta dimensão e, de uma forma bem bizarra, você entende de que a realidade de verdade é apenas uma verdade desta realidade. Logo você terá a grata surpresa de que, em alguma realidade alternativa, todo o seu azar é, na realidade, sorte.

Aquele pé na bunda virou casamento, aquela viagem furada foi a melhor da sua vida, o desempregado virou o empresário, o trabalho virou folga e você aí, esperando que outra realidade seja a sua realidade real.

Como alguém que nem é de verdade pode querer que uma realidade seja de verdade? Ah, sim, a prisão sem grades. A prisão que não é real mas te prende pois você se arrepende tanto do que fez ou deixou de fazer que não avalia direito o que você faz ou deveria deixar de fazer agora.

Que venha a copa do mundo de carrinho de bate-bate!

Pensamento do Dia

Nunca mais falo com você!

Pessoas que falavam comigo.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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