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Raimundos – Eu Quero Ver o Oco

Eu Quero Ver o Oco do Raimundos… Opa, peraí caceta!

Só a minha banda nacional favorita de todos os tempos… mas esse tempo bom acabou infelizmente. Eu Quero ver o Oco poderia ser um clássico da banda Raimundo mas a banda decidiu se tornar um ninho de babaca e simplesmente enterrou a sua obra.

Fui um grunge convicto, mas na década de 90 Raimundos era mais que foda, rolava campeonato no colégio para ver quem conseguia cantar a música inclusive. Sem mencionar que, em um mundo sem internet, entender o que era complicado entender o que era falado. Era preciso rezar para letra vir no encarte do CD ou em alguma revista de cifras, pois não tinha em mais nenhum outro lugar. Não era grunge, mas estavam na playlist de qualquer roqueiro da época. Raimundos fugia do tradicional roque nacional mela cueca – mela cueca no mal sentido do termo.

O auge da banda se foi, Raimundos perdeu o brilho… Um mudou de religião, outro acha subversivo tocar música junto com empresário milionário e comer pizza de ontem. Sei lá para que santo não pagaram a promessa, só sei que o que sobrou da banda não dá para gostar.

ISSO dava para chamar de roque nacional com orgulho… por isso mesmo que queria ver o oco!

Sing the oco with us kids

Fizera pouco em tê-lo deixado todo quebrado
Desfigurado, irreconhecível até pra mãe
– Mãe, olha só que legal, carro que eu ganhei no natal
Tu que me deu, disse: “Cuidado pra que não arranhe”

– Menino doido, tu quebrou até os friso
Tem noção do prejuízo?
Acho que o teu veio vai te matar
Os olhos dele esperando o carro do ano
Um modelo italiano
Que acabaram de inventar

Carrão da porra, tu pisava ele voava
Tu freava ele ancorava,
E eu lá dentro a me debater
No bate-bate com a cabeça no volante
Voei pelo, vidro da frente, a raiva preta eu não pude conter

Com o sangue quente,
Cortei a testa,
Quebrei os dente
E toda aquela gente
Peste! num vem ninguém me ajudar
Nem se mexiam, pior que isso eles riam
Teto preto, o tempo fecha, os ovo inflama, ora do pau cantar

Eu quero é ver o oco…
Só na mãozada eu deitei seis, mas detestei matar
Eu quero é ver o oco…
Sem controle, tocando fole, é hora de dançar

Meu ódio por automotores começou cedo
Depois que eu tranquei os dedo na porta dum opalão
Meu pai de dentro se ria que se mijava
Achou que o filho festejava, era dia de cosme e damião
Depois do dedo, foi o braço, a perna as costa
Tu duvida, bate aposta
Pois muitos vão lhe testemunhar
Tanta fratura que deixô a doutora louca
É pino até no céu da boca
Tu cansa só de tentar contar

Eu quero é ver o oco…
É pedir muito uma enfermeira vir me ajudar?
Eu quero é ver o oco…
Ó enfermeira, gente boa, vem me medicar

Eu quero é ver o oco…
Eu quero é ver o oco…

Abaixo você confere nossa playlist de músicas de primeira e segunda qualidade (ou não) que já passaram por nesta categoria! Mas você pode ainda ouvir nosso podcast com férias muito loucas ou você pode provar isso.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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