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O pupilo caiu

Algo subiu então o pupilo caiu.

Farofeiros, farofeires e farofeiras, em eras glaciais muito distantes desta data mantive um relacionamento estável e, incrivelmente incrível. Tive uma relação muito íntima com diversos membros da família de minha cônjuge, em especial com um jovem que poderia ser muito bem intitulado como meu pupilo. Mas o pupilo caiu.

Sim, o garoto não me obedecia, não fazia tudo que eu mandava, mas ele era inteligente o suficiente para me escutar em alguns temas. E, como sempre, em toda minha sábia sapiência milenar, eu sempre estava certo.

Acontece que meu relacionamento foi a merda e com ela a tal amizade com o garoto. Fazem anos que não o vejo e não rastreio pessoas que não fazem parte de minha vida em redes sociais, aliás nem das pessoas que fazem parte de minha vida eu vasculho digitalmente.

O fato que determinou este breve desabafo é que uma pessoa ligada a ele me procurou recentemente e qual foi minha surpresa ao descobrir que o rapaz se tornou um vagabundo bêbado e drogado. De uma forma absurda jogou tudo o que um dia achou ser certo na latrina, depois defecou em cima e no lugar da descarga comeu a merda para não desperdiçar nada. O pupilo caiu.

Foi a tatuagem escrita em japonês de padaria, foi a falta de planejamento profissional, foi a crença idiota, foi a vida mimada que influenciou tudo isso claro – e a escolha imbecil por tudo isso. Ele escolheu pois viu que existia uma opção, um outro jeito, não interessa como você morre, o que interessa é se você viu ou não quem te matou. Neste caso meu ex-pupilo abaixou as calças e mandou o assassino fazer carícias eróticas. Adivinha o que aconteceu.

Fiquei triste por ele, a opção foi dada, mas acho ele deve estar bêbado demais para entender isso.

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Duvido que esse blog chegue aos 20 anos.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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