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O Corvo – A História de Edgar Allan Poe

O Corvo poderia ser melhor do que é. Diabos, era para ser um dos meus filmes favoritos por se tratar de um dos meus autores favoritos.

Em uma fase de pouca sorte o escritor norte-americano Edgar Allan Poe tenta em vão, voltar a publicar seus textos nos jornais de Baltimore, onde tudo começou. Álcool, ópio e amor são os atuais combustíveis do escritor que sofre na mãos de editores até que surge um assassino que começa a copiar algumas passagens de seus contos.

Auxiliado pelo investigador, Poe começa a viver diversas histórias obscuras e violentas no mundo real, incluindo quando o terror toma sua namorada… Aí a busca se torna desesperadora por cada segundo pesar contra a amada e seu débil captor.

Para minha alegria O Corvo não é nada que pensei, mas isso não significa que é um bom filme. Não quiseram criar um novo Sherlock Holmes para competir nos cinemas… mas isso não é uma boa notícia, infelizmente a coisa piora. Claro que Poe não é um detetive… longe disso… os personagens de suporte em O Corvo também não me incomodaram tanto. Mas é que não consigo ver o autor que leio a mais de vinte anos em fala alguma.

John Cusack (Alta Fidelidade) é um puta ator, gosto dele, mas ele só fica com a cara de Poe no final… quase morrendo… sendo que AQUELE era Edgar, não o maltrapilho chorando mizingas e bebida para taverneiros. O desespero de Poe sempre é sobrepujado pelo genialismo do detetive… e não sei bem, mas o filme era para ser sobre os últimos dias do escritor e não sobre o detetive.

E sim, a história de O Corvo é tão ficcional que eu tenho certeza que nem Poe veria seu próprio final tão mal feito.

E tinha tudo para dar certo… que merda.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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