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Histórias de Eisner no Teatro: Avenida Dropsie

Will Eisner no teatro com Avenida Dropsie, e no Brasil!

Ir ao teatro é algo que faço pouco atualmente, mesmo com diversas obras interessantes surgindo devido a lei de incentivo à cultura dificilmente vou ao teatro. Não me orgulho do meu comportamento e recentemente me assustei com Avenida Dropsie… Mas como assim, Will Einsner no teatro… E no Brasil?

O Eduardo (o MangaMan) me convenceu (não sei como) a ir ver a peça no Teatro da FIESP na Avenida Paulista. Mais uma surpresa, a entrada era gratuita, bastando chegar cedo para garantir sua cadeira.

Vai ser difícil não usar a palavra “surpreendente” neste breve artigo pois o que vi e vivi naquela peça foi o mais puro e prazeroso sentimento de novidade. A adaptação de Avenida Dropsie de Will Eisner da Companhia Sutil conseguiu transportar tão perfeitamente o humor, o drama e até a caracterização dos personagens e do traço de Eisner.

Na obra seu texto é quase que aleatório, contando várias histórias de um só lugar. Essas histórias podem, ou não, se encontrar. Sou suspeito pra falar, mas gostei demais do que vi. Adorei os atores e suas caracterizações, mas o que assusta mesmo, devido sua inovação, é a chuva.

O palco é por vezes dominado pela chuva, água real caindo na cena (e não no público). Para os fãs de Eisner é mais um brinde à obra do autor pois mostra na vida real a veracidade do traço e da dramaticidade daquele mundo.

Avenida Dropsie - Blog Farofeiros

A co-criação fica por conta de Guilherme Weber e Erica Migon com direção de Felipe Hirsh e a magnífica cenografia de Daniela Thomas. A produção é algo que não vemos todo dia e em todo lugar no Brasil, devido a estrutura necessária para apresenta Eisner no teatro dificilmente essa peça chegará à outras praças.

Só fique esperto pois já que é grátis você precisa chegar no teatro da FIESP (ou O Teatro Popular do Sesi-SP) lá pelas 16hs. para pegar uma senha…. Daí esperar até umas 19hs para trocar a senha por ingressos e entrar na sala por volta das 20hs. Tudo isso ao ar livre e você não pode sair das dependências do prédio, senão você perde o lugar, o ingresso e o tempo.

O estacionamento do lado espera a peça terminar para você não ter que parar o carro na rua de baixo. Os tiozinhos foram gente boa demais!

Cheguei tão animado em casa que fui direto zerar Paper Mario.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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