Eu e minhas facas

Farofeiros e farofeiras, ando com tempo de sobra ultimamente.

Larguei algumas manias, vícios e companhias. Arrumei novas manias, novos vícios e novas companhias.

Com isso garimpei e forjei algumas novidades em minha vida, por exemplo eu tenho ofendido menos as pessoas, digo, os seres que saíram do soro primordial pelo menos. Tenho odiado novas coisas e pessoas que normalmente me dão mais de um motivo para sentir ódio, acaba sendo gostoso cultivar tamanho ódio por uma pessoa que você tem vontade de fazer um boneco vudu e vagarosamente extirpar lascar dos dedos deste ser.

Não tenho certeza se foi com esta analogia que obtive o meu mais novo hobby, colecionar facas! De diversos tamanhos, formas, utilidades e sempre, sempre afiadas.

Hoje conto com cerca de dezenove belezas cortantes, afiadas e frias, esperando apenas pelo grito de guerra de seu mestre para que a sangria possa finalmente começar e a minha vontade seja feita com você abaixo de sete palmos de terra.

Como sou essa pessoa pacífica e bem humorada eu fico sem graça de ameaçar as pessoas cara a cara, vai que eu puxe a faca errada e fure a pessoa bem na jugular por acidente? Crianças, não tentem isso em casa se você tiverem menos de mil anos de idade.

Se você tiver mil anos de idade me procure para dominarmos o mundo matando nossos opositores na facada! Fato é que, como somos divinamente divinos nesta dimensão fedida, nossas armas seriam ferramentas de destruição que nunca perderiam o fio. Hordas morreriam sob nossos pés apenas ao verem que empunhamos nossas armas.

Mas claro que não seria tudo perfeito, você caro amigo, estaria ali para dividir o mundo comigo. Com isso eu estriparia suas tripas e as colocaria em exposição para que os abutres, corvos, pombos e andorinhas se alimentem e caguem no que você um dia chamou de corpo.

Não seria eu a divindade mais amorosa e terna que seus pobres olhos remelados já puderam fitar?