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Destruidor de Conteúdo

Criar não faz sentido para o destruidor de conteúdo!

Farofeiros, farofeiras e farofeires, nem sempre concordo com Cris Dias, mas sempre escuto suas opiniões, e dessa vez ele veio com o termo Destruidor de Conteúdo. A origem é de um tweet de Jack Corbett que me intrigou e comecei a pesquisar para saber o quão profundo era o termo e para onde a destruição seria direcionada.

Acontece que o termo não foi mais usado pelo autor e, pasmem, ele nem é realmente o criador da pérola. Em um texto de Lisper Kemunto ela atribuí a origem para um outro tweet de 2020, atribuído à Chica Marx.

Nesse texto me pareceu que ela está mais a procura de originalidade do que realmente com vontade de combater o maior mal da criatividade: as redes sociais.

Destruidor de Conteúdo - HADES - BLOG FAROFEIROS

Não falo da procrastinação, falo dos algoritmos que obrigam ao artista a se tornar algo que ele não treinou ou não estudou. Cria um calendário de publicações, faz agendamentos, responde pessoas em suas mensagens e comentários, e no final o artista ganhou um patrão invisível e insensível chamado Instagram, Twitter, Facebook ou qualquer outro nome.

Para ter engajamento, para algo viralizar o criador tem duas opções: apelar para o sensacionalismo ou pagar. Nenhum dos dois favorece à uma obra criada em um domingo pela manhã, uma inspiração que brotou e que simplesmente só precisava sair de dentro de você em forma de arte (seja lá qual for).

Apesar de ser blogueiro gosto de me colocar como escritor. Escrevo do meu jeito, com minha inspiração e no momento que posso e em alguns momentos até acredito que eu faça jornalismo. Às vezes sai algo ruim, às vezes sai algo muito bom, porém é minha arte e ela está exposta em uma vitrine para que todos possam ver. Só que quase ninguém vê.

Destruidor de Conteúdo - HADES - BLOG FAROFEIROS

A criação de conteúdo hoje precisa pensar no SEO, coeficiente de engajamento, imagem destacada, vídeo incorporado… e esquece que o que fazemos deveria ser para pessoas, não algoritmos. Obviamente que as redes sociais não ajudam nem um pouco nessa tarefa, mas quem pega a prancha e sobe na onda precisa tomar cuidado.

Não posso falar que sigo totalmente as regras, normalmente estou bem longe delas e isso pode ser visto claramente no FAROFANDO, no Pensamento e até quando falo sobre séries malucas de ficção científica. Acredito que eu seja um destruidor de conteúdo, e um dos mais antigos já que faço a mesma coisa já faz tempo. Pecando em alguns momentos, mas sempre evoluindo… e nunca alcançando o sucesso nesses 22 anos de blogueiragem de alta performance.

Talvez eu seja debochado e inconveniente por não ter percebido até hoje o meu destino na Terra. Talvez eu seja o avatar da destruição de conteúdo pronto para espalhar o caos em portais de notícia, talvez eu seja o escolhido para falar de Ligma e CLAJ para perturbar extremistas.

Eu. Sou. A. Destruição.

Se minha visão de internet se tornasse real ela continuaria sendo caótica, talvez alguns cantos o caos seria mais concentrado, mas certamente as redes sociais reinariam menos. Haveria regulação na internet e todos seriam responsáveis pelo que falam e fazem na internet.

Mas pensando bem prefiro ser Hades da criação de conteúdo, vigiando e punindo. Deixando as piores valas para os piores conteúdos. Hm…

Pensamento do Dia

O mau venceu, por isso continuamos aqui batendo nesses putos. Nós somos Louis!

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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