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Destiny 2 – A Maldição de Osiris é limitada

A Maldição de Osiris, primeira expansão de Destiny 2, acaba de ser lançada e os fãs não estão muito contentes com o conteúdo

A Maldição de Osiris é a primeira DLC pré anunciada junto do lançamento de Destiny 2. Isso mesmo, dois meses após o lançamento do jogo uma DLC opcional, mas obrigatória para a progressão, já é lançado um capitulo adicional ao jogo. Sou contra DLCs faz anos e sou da época em que o anuncio de uma extensão do jogo inicialmente poderia sugerir que o jogo está incompleto.

Sou contra, mas dos jogos que sou viciado acabo comprando, como foi o caso de Destiny 2. Estou enormemente errado e talvez seja hora disso mudar também.

Infelizmente joguei pouco, minha esposa jogou um pouco mais mas já pôde ver alguns problemas. Quem jogou muito também já está reclamando nas redes sociais. Depois de ler muito sobre o que os fãs estão reclamando é um fato, a primeira expansão de Destiny 2 chamada A Maldição de Osiris é limitada por diversos aspectos.

A história de Destiny 2 foi retrabalhada para mostrar mais do rico universo quase inexplorado no primeiro game. Osiris era um personagem importante mas inexplorado, o Desafio de Osiris e seus seguidores espalhados pelo primeiro jogo mostravam isso. Mas no final o personagem foi cortado e Osiris só ficou famoso mesmo nas cartas de grimório que não serviam para nada.

O lançamento de Maldição de Osiris prometia a volta de um herói da mitologia do jogo e acabou sendo uma simples atualização. Alguns estão chamando a DLC de tediosa, mas A Maldição de Osiris é limitada na verdade. Só faltou aparecer algum Tanikis.

As limitações da expansão começam mesmo se você não compra-la, mesmo que você não tenha comprado a Maldição de Osiris você é prejudicado por ela. O conteúdo “antigo” liberado para todos teve suas versões Prestígio bloqueadas para quem não pode chegar aos 335 de poder.

Destiny 2 - A Maldição de Osiris é limitada

A Maldição da História Incompleta

Você começa a DLC convocado por Ikora para ajudar a investigar o aparecimento da defeituosa fantasma de Osiris em Mercúrio. São seis missões simples que encerram a história e liberam o limitado planeta com poucas opções para patrulha além de ser muito menor do que qualquer outro planeta explorado até agora. O protagonista surge e desaparece de maneira que não permite que se crie um laço com o jogador. Erros comuns no primeiro Destiny.

São diversos retornos para o mesmo local com objetivos diferentes nas Aventuras. Assaltos e Assaltos Heroicos estão aí, mas de uma forma que não atraí o replay. Os inimigos são repetitivos (de novo) e são Vex com o visual 386, Pentium e Apple. O “grande” vilão da expansão tem, obviamente, um visual de tirar o fôlego mas com uma mecânica boba e, novamente, repetitiva. 

A história rasa e mesmo com um visual deslumbrante a Maldição de Osiris é limitada quanto ao conteúdo e o gameplay. No lugar de chama-la de DLC ou Expansão deveria ser usado o nome Patch para poder cobrar uma season pass e realmente valer a pena.

Já comprei as duas primeiras sem saber o que viria. Agora podemos constatar que Maldição de Osiris é limitada, incompleta e me dá a impressão de jogar algo feito às pressas e no final o Osiris nem é amaldiçoado mesmo.

A Maldição de Destiny 2

Depois de toda essa reclamação só tenho uma coisa a dizer: tudo isso já aconteceu no primeiro game e o que aconteceu? Todos compraram a continuação.  Destiny já teve os mesmos problemas, as mesmas questões: conteúdo raso, armas bugadas, história falha e inimigos repetitivo/reutilizados. E a solução foi um jogo novo, este que prometeram mais história e venderam o game já com duas DLCs programadas que eu e você compramos.

Sem contar que bugs todos tem, mas bugs como este se parecem mais com erros devido a falta de testes do que um bug realmente. Sem falar que na mesma semana do “bug” no lugar de limitar o acesso à arma o muambeiro Xur aparece vendendo o item para todos hoje (08/12/2017). Coincidência hein Bungie? Ou quem sabe a nova regra seria que a arma não estaria bugada se todas a tiverem?

Você se lembra da Thorn, ou Espinho, do Destiny original? Ela também era bugada e demorou muito tempo para resolverem o problema.

A Maldição da DLC

Diversos modelos podem ser seguidos, o modelo comercial de Destiny 2 é idêntico ao do primeiro jogo. Sempre cheio de “expansões” com pouco conteúdo e muito hype. Você não verá um jogo feio, mas verá um jogo que parece que sempre está faltando algo. Será que o barulho recente foi em vão? Será que mais problemas com EXP ou Caixas de Itens deverão surgir para que o modelo comercial seja menos agressivo?

A Actvision, publisher do game, inclusive patenteou uma estranha forma de fazer os jogadores gastarem mais dinheiro com microtransações.

Entre os diversos modelos que vendem itens o que acho interessante GTA V Online. Um game AAA já antigo com diversos patches, todos gratuitos para quem comprou o game original. Se você achar o conteúdo bom até pode gastar dinheiro com os itens dela, se não você pode continuar a jogar normalmente e aproveitar o novo conteúdo.

Hoje é complicado identificar qual é o melhor modelo. O correto mesmo seria a venda do jogo completo e pronto, se houver patches ou atualizações isso seria um adicional ao jogo e não algo mandatório para a jogatina. Além disso alguns já dizem que Destiny 2 é o novo No Man’s Sky. Outros tem um argumento ainda mais crítico colocando Destiny 2 com uma estratégia igual à de Battlefront II, e agora Bungie?

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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