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Adeus

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Farofeiros e farofeiras,

Sou um ser meio chato e gosto de levar a vida regada à minha moda, graças a tal façanha sou um ser cheio de histórias também. Vivo de histórias, felizes, tristes, alegres, bêbadas, tristes, românticas, utópicas, tristes, amáveis, repugnantes e por fim, mas não menos importante, as tristes também.

Não, não solte fogos de artifícios  você não se livrou de mim, sou a fundação desta pocilga bem organizada.

Recentemente fui obrigado a parar de perseguir um sonho, é claro que foi eu mesmo quem me obrigou, mas isso não faz a história toda ser mais leve. Não vou me abrir aqui em meu blog coletivo falando de algo tão pessoal, mas a essência creio que você possa pegar. Na falta de algo melhor para pegar assuma que sou uma pessoa encantadora, todos me amam, sacrificam virgens para mim e me presenteiam com camelos. Sei que você ficará chocado em saber mas, não, minha existência não é assim.

Algumas poucas pessoas no mundo realmente gostam de mim, algumas outras raras até já falaram que me amavam, outras apenas gostam de ler meus posts sem sentido algum em um blog que de nerd só tem a intenção. Entro então em um campo bem filosófico: por que você não faz bem para as pessoas que te fazem bem.

Você pode ser uma pessoa fedida, pode ser alguém que tem medo de altura de tremer as pernas ao ponto de quase cair mesmo, pode até dar mancadas enquanto manca, mas algumas pessoas sempre estão ali. E essas pessoas te fazem bem, porém, seu cheiro, sua tremedeira, sua impotência, sua barriga, sua carteira de motorista vencida empurram essa pessoa para o lado oposto ao seu. Uma hora você empurra tanto que a pessoa que te ama que ela cai de um despenhadeiro rochoso quicando. Aí você, o gordo espaçoso, olha para baixo. E é nessa hora meu amigo que você não quer só ajuda-la, você quer pular atrás dela, resgata-la antes do impacto fatal.

Mas fatalidades acontecem e você, caro cara-pálida, não pode fazer nada a não ser mandar sms, e-mails e rezar para que sua idiotice não seja recompensada. Mas não gaste sua reza com isso, coisas boas não acontecem com imbecis como você e eu. Você vai se lembrar nos momentos finais, você vai se lembrar de cada palavra, vai se lembrar da temperatura ambiente e da direção do vento e isso é apenas o começo do seu sofrimento. Afinal, quem te amava pode e vai encontrar o amor da vida dela e ser feliz para sempre.

Eu e você, caro farofeiro ou farofeira, só vamos poder ficar bêbados e contar para os outros como somos idiotas. Parabéns para nós, pois para nós só nos restou o adeus!

Pensamento do Dia:Mais vale um amor no bolso do que no banco, vai que a Dilma confisca!” – Enviado por Odete Roitman.

Por Rodrigo Castro

Debochado e inconveniente. Escritor, roteirista e designer de brincadeirinha.

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